Fisioterapia Respiratória: auxilio no acompanhamento de crianças traqueostomizadas

18 de fevereiro – Dia Nacional da Criança Traqueostomizada.

Dia 18 de fevereiro foi instituído como um dia para refletir sobre a Criança Traqueostomizada. Esta data foi criada pela Lei nº 14.249/2021 no intuito de sensibilizar a população sobre a condição da presença da traqueostomia.


Muitas pessoas não sabem que a traqueostomia é um procedimento que introduz uma cânula na região do pescoço em sua porção mais inferior na transição com o tronco. Esta cânula tem o objetivo de permitir a entrada de ar para os pulmões, garantindo a respiração d criança e sua sobrevivência. A traqueostomia é colocada por diversos motivos como doenças neuromusculares raras, após intubação orotraqueal na qual não foi possível o desmame total do equipamento de ventilação mecânica, sequelas de traumas ou cirurgias, complicações da prematuridade entre outras condições.


Usar uma traqueostomia não é sempre igual entre os casos. Muitas crianças precisam ficar conectadas ao ventilador mecânico para respirar, de forma contínua ou intermitente, outras crianças não precisam; em alguns casos é possível conectar uma válvula de fala na traqueostomia para garantir a comunicação oral bem como a alimentação pela boca; a presença da cânula uma condição temporária ou definitiva e isso é avaliado dependendo do motivo da introdução da cânula e da evolução conhecida da doença. Tudo isso requer avaliação é feita por uma equipe multiprofissional especializada que acompanha periodicamente a criança.


Neste contexto o profissional especialista em Fisioterapia Respiratória é essencial no acompanhamento de cada caso. Ele avalia as condições pulmonares, da tosse, da mecânica respiratória e trata de forma preventiva, curativa e/ reabilitadora estas condições de acordo com o caso, participando inclusive do gerenciamento da ventilação mecânica quando esta é requerida pelo caso. O fisioterapeuta respiratório participa do processo de decanulação (retirada da cânula) quando este processo é possível em conjunto com a equipe multiprofissional que deve incluir fonoaudiólogo, médico especialista (cirurgia torácica / cabeça e pescoço / otorrinolaringologista e outros), nutricionista, psicólogo. Todos irão trabalhar dentro de suas áreas de atuação para trazer o melhor conforto e qualidade de vida para a criança, cuidadores e familiares.


A criança com traqueostomia pode e deve ser incluída na sociedade pois em muitos e muitos casos é possível a participação na escola e outros ambientes sociais, haja vista o desenvolvimento tecnológico dos equipamentos de suporte respiratório disponíveis no mercado.
Assim, nesta data fica a reflexão para todos no sentido de acolher, compreender e incluir com amor e carinho as crianças com traqueostomia.

Para saber mais:
Lei 14.249/21, Acesso em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2021/lei-14249-25-novembro-2021-791993-publicacaooriginal-163944-pl.html

Primeiro consenso clínico e recomendações nacionais em crianças traqueostomizadas, acesso em: https://www.scielo.br/j/bjorl/a/fk9FVgpDRHJvmKWL8KgJhFc/abstract/?lang=pt

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